Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Afins de Luanda (STTPAL), Daniel dos Santos, a paralisação pretende alertar para o facto de as empresas de transportes coletivos de Luanda enfrentarem "problemas sérios", com destaque para a incapacidade do pagamento de salários dos trabalhadores.

A situação, lamenta o responsável, tem vindo a deteriorar-se devido ao atraso no pagamento das subvenções por parte do Estado. O sindicalista avança que há mais de oito meses que o Governo não paga a subvenção de 30% do preço do bilhete, necessária para as empresas manterem o tarifário.

Perante o incumprimento estatal, as empresas reclamam a introdução de um aumento do valor dos bilhetes, que dizem ser necessário para custear a actividade.

De outra forma, avisa Daniel dos Santos, não só os meios não são renovados como a própria manutenção fica comprometida.

"Exigimos o aumento da tarifa, que é o problema principal, o pagamento das subvenções para que possa haver equilíbrio entre o patronato e os trabalhadores, porque quem vai trabalhar espera uma contrapartida e isto não tem acontecido", reforçou o responsável, citado pela Angop.