Esta informação foi avançada esta terça-feira,12, ao NJOnline, pela directora geral para o desenvolvimento e cooperação da Comissão Europeia, Francisca di Mauro, durante a apresentação de dois programas de mobilidade académica financiados pela União Europeia (UE), o Intra-África e o Erasmus+.

O Programa de Mobilidade Académica Intra-África visa criar uma rede de ensino dentro do continente africano, concedendo bolsas de estudos às instituições de ensino superior (IES), africanas.

A atribuição destas bolsas de estudo aplica-se também aos funcionários e pessoal administrativo das instituições de ensino superior públicas e privadas.

O programa de mobilidade académica Intra-África contribuirá também para as estratégias de mobilização e internacionalização das IES através da criação de mecanismos de gestão dos fluxos de mobilidade, tais como disposição de comparação dos currículos e de reconhecimento dos períodos de estudo no estrangeiro.

Francisca di Mauro disse que o programa Intra-África é para impulsionar a mobilidade dos estudantes e investigadores dentro do continente africano.

Segundo a directora geral para o desenvolvimento e cooperação da Comissão Europeia, a bolsa de estudo para o mestrado tem a duração de seis a 24 meses, enquanto a do curso de doutoramento tem a duração de seis a 48 meses.

"Para o pessoal académico e administrativo dessas instituições que pretendam obter a bolsa para dar aulas ou receber formação noutros países africanos, a duração da formação é de seis meses", disse.

Entretanto, os estudantes que pretendam fazer o mestrado em qualquer parte do continente africano, vão receber 600 euros, cerca de 676 dólares, enquanto os do doutoramento vão receber 900 euros, o equivalente a 1.014 dólares.

A bolsa da União Europeia, através do programa do Intra-África, cobre o seguro e as despesas da viagem e dos vistos, com excepção da hospedagem.

Para candidatar-se à bolsa os interessados deverão inscrever-se até ao dia 12 de Junho próximo, através do site https://eacea.ec.europa.eu/intra-africa_en.

Já o outro programa, o Erasmus +, também apresentado hoje, tem como enfoque os intercâmbios entre as universidades da União Europeia e de países parceiros.

O programa Erasmus + apoia os estudos dos alunos, do pessoal académico e administrativo na Europa. Por outro lado, oferece oportunidades de financiamento às instituições de ensino superior para cooperarem com universidades europeias, no reforço de capacidades.

O fortalecimento do ensino superior constitui uma das prioridades de cooperação da União Europeia que apoia a mobilidade universitária para desenvolver o potencial profissional, social e intercultural das pessoas e aumentar a sua empregabilidade.

Nesta perspectiva, um outro programa de apoio ao ensino superior será lançado este ano, em Angola, e vai contar com o financiamento da União Europeia num montante de 13 milhões de Euros.

O Programa de Mobilidade Académica Intra-África foi criado em 2016, e já disponibilizou cerca 1000 bolsa de estudos.