Para tornar os grupos teatrais mais rentáveis e transformá-los em pequenas e médias empresas, à semelhança do que acontece noutras partes do mundo, os fazedores de teatro, na pessoa do presidente da Associação Angolana de Teatro (AAT), Adelino Caracol, entendem ser necessário que o Estado lhes entregue a gestão das salas de teatro públicas. O encenador sugere, por exemplo, que a ex-sede da Assembleia Nacional, edifício que já albergou o antigo Cine Teatro Restauração, seja transformada em espaço de cultura.

Adelino Caracol afirmou que a "privatização" dos referidos espaços, na sua maioria inactivos, como é o caso dos cines Karl Max, Miramar, São Paulo e Ngola, vai permitir maior rentabilização e acabar com o aspecto de abandono. Citado pela Angop, o porta-voz dos fazedores de teatro advertiu que "nem sempre que se fala em apoio se trata de ajuda financeira, mas, sim, da criação de condições para que os grupos possam desenvolver as suas actividades e atingir a sua autonomia monetária".

Considerou haver associativismo entre os grupos, havendo a possibilidade de unir o teatro a outras modalidades artísticas, como a música e as artes plásticas, sob gestão dos grupos, e o Estado ficar apenas encarregado da fiscalização e da recolha das receitas provenientes das actividades.

O responsável lembrou que parte da população é jovem e que o teatro pode ser uma das melhores formas de diminuir a delinquência, com o enquadramento dos jovens nas artes cénicas e a cuidar destes espaços.

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