O objectivo principal desta iniciativa cultural abrangente é criar condições para que a Arte, a Cultura e o Património possam emergir como ferramentas decisivas para a construção da estabilidade e paz continental.

A Bienal de Luanda conta com o esforço conjunto do Governo angolano, da União Africana e da UNESCO, a agência da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura, apostando no envolvimento dos mais novos como protagonistas da transformação que se quer no continente de forma a diluir as origens e razões dos conflitos e crises políticas, combater a pobreza e a desigualdade.

Nesta bienal haverá lugar à reflexão, exposições e, com destaque, iniciativas que visam reforçar os alicerces da paz e da estabilidade como combustíveis para o desenvolvimento de uma cultura de paz continental.

Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, numa declaração a propósito do evento, citada pela Lusa, destacou a importância de nesta segunda edição da Bienal "se estender o evento a outros importantes actores da paz em prol de maior coesão e eficiência".

O presidente da Comissão da UA sublinhou também, "a forte mobilização e participação da diáspora africana, formalizada com o seu registo na Aliança de Parceiros da Bienal".

Também numa declaração alusiva ao evento, Firmim Edouard Matoko, adjunto da directora-geral da UNESCO para África e as Relações Externas, considerou, igualmente citado pela Lusa, que a Bienal de Luanda constitui uma oportunidade para a prevenção da violência e conflitos e a consolidação da paz em prol de um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Edouard Matoko disse acreditar que a Bienal vai ao encontro dos objectivos da Estratégia Operacional para a Prioridade África da UNESCO, para o período 2014-2021, que identifica a "construção de África na criação de sociedades inclusivas, pacificas e resilientes".

Carolina Cerqueira, ministra de Estado para a Área Social de Angola, defendeu na sua declaração que a Bienal, ao dirigir-se aos jovens, "afirma-se como um espaço para o diálogo intergeracional assente na diversidade cultural".

"A Bienal de Luanda afigura-se como uma plataforma global de compreensão em prol da solidariedade, cooperação e tolerância intergeracional em África e na sua diáspora", afirmou.

O programa da Bienal assenta em três eixos: Diálogo Intergeracional entre Líderes e Jovens; Festival de Culturas e Lançamento da Aliança de Parceiros por uma Cultura de Paz.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, tem prevista uma deslocação a Luanda para participar na Bienal de Luanda.