"Passar fome é favor. Estamos a viver de mendigagem, dependendo de familiares que juntam um pouco daqui e dali para nos apoiar." É desta forma que Adelino Caracol, presidente da Associação Angolana de Teatro (AAT), reage à pergunta sobre como se têm aguentado os fazedores desta arte desde que a pandemia da Covid-19 obrigou à suspensão das actividades, em finais de Março.

De 57 anos, Adelino Caracol é igualmente o director da companhia de teatro Horizonte Njinga Mbandi e revela que este grupo, por exemplo, havia programado reatar as actividades no próximo fim de semana (17 a 19 de Julho), com a exibição em várias sessões de uma peça intitulada O regressado.

Para pôr em prática este objectivo, o grupo havia frequentado uma formação sobre medidas de biossegurança, ministrada por duas médicas seleccionadas pela Direcção da Saúde de Luanda.

Os planos viriam, entretanto, a «cair por água abaixo» na noite de 7 de Julho, quando o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, anunciou que daí a dois dias, isto é, a 9 de Julho, entrariam em vigor medidas mais duras com vista a conter-se a propagação da Covid-19 no país.

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