Entra ministro, sai ministro, os agentes culturais, particularmente os da área de teatro, continuam a enfrentar "enormes dificuldades" no que à disponibilidade de salas para exibição diz respeito.

Por exemplo, Adérito Rodrigues, que realiza ininterruptamente há sete anos o Circuito Internacional de Teatro (CIT) de Luanda, um evento que junta artista dos «quatro cantos do mundo», quando desafiado a atribuir uma nota (de 0 a 10 valores) no capítulo dos espaços para os grupos de teatro se exibirem, divide o assunto em dois aspectos. "Se for em todo o País, eu dou nota sete. Se for em Luanda, dou nota um".

Adérito Rodrigues, que também dirige o grupo de teatro Pitabel, justifica a sua classificação com a experiência adquirida ao longo dos périplos pelo País que antecedem a realização do CIT de Luanda.

"Temos notado que as ditas províncias têm muitos espaços para a prática e o exercício de teatro, alguns dos quais até subaproveitados e/ou a degradar-se", revela Adérito Rodrigues, antes de detalhar o «quadro negro» que vive a capital neste aspecto: "a nível de Luanda, neste momento, a única sala de teatro de raiz é a Casa das Artes, em Talatona. Não temos mais sala na capital", diz o também actor e produtor, que coloca de fora das contas as ditas salas adaptáveis e os auditórios de diferentes organismos.

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