Quase um ano depois da aprovação em Conselho de Ministros e publicação em Diário da República dos estatutos do Centro Nacional de Medicina Desportiva (CENAMED), a sua autonomia financeira e contratual, ao contrário do que se previa, ainda vai "continuar" sob dependência total do Ministério da Juventude e Desportos, apurou o Novo Jornal.

Em Janeiro do corrente ano, dias após a publicação dos estatutos em Diário da República, o director do CENAMED, João Mulima, garantiu, em entrevista ao NJ, que a instituição que dirige passaria a beneficiar directamente de valores provenientes do Orçamento Geral de Estado (OGE), sendo que o remate inicial aconteceria no OGE de 2022, aprovado na última terça-feira, 14, pela Assembleia Nacional.

No OGE aprovado, nas despesas reservadas ao Ministério da Juventude e Desportos, o dinheiro destinado ao Centro Nacional de Medicina Desportiva não foi especificado, facto que contraria o Decreto Presidencial n.º 2/21, de 4 de Janeiro, que dá autonomia financeira e contratual àquela instituição.

Sabe-se que, apesar de ser tutelado pelo MINJUD, o CENAMED, apurou este jornal, dependia das suas receitas, ou seja, o Centro Nacional de Medicina Desportiva custeava as suas próprias despesas com aquilo que arrecadava, mas sempre com algum apoio institucional do Ministério.

"Não sei dizer com precisão o que nos foi reservado no OGE 2022, mas posso admitir que os nossos estatutos são públicos, aliás, os mesmos já tinham sido aprovados em Conselho de Ministros e promulgados em Diário da República. Para mais pormenores, é preciso que eu peça mais detalhes à secretária-geral do Ministério da Juventude e Desportos", assegurou ao NJ João Mulima, director do Centro Nacional de Medicina Desportiva.

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