O secretário-geral do Comité Olímpico Angolano, Mário Rosa, considera que a forma como o Ministério das Finanças distribui o orçamento a vários sectores do desporto é errada.

"A proposta do OGE deve partir dos sectores para o Ministério das Finanças e a partir daí realizar-se as reuniões, de modo a partilhar os problemas e as soluções", sugeriu aquele responsável que, na terça-feira, esteve na Assembleia Nacional, no âmbito do processo de auscultação dos parceiros sociais para a recolha de contribuições à proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2020.

Segundo Mário Rosa, "cada sector é que deve explicar como é que o Ministério das Finanças deve distribuir o dinheiro e todas as áreas devem participar na forma como este deverá ser utilizado".

Por sua vez, Nelson Sardinha, da Federação Angolana de Basquetebol, não gostou da proposta do OGE 2020, por não apresentar alterações para o sector.

"Mesmo depois de, em Julho, termos enviado o nosso plano de actividades, a proposta do OGE 2020 espelha apenas 10% do plano real das nossas actividades. Vamos ter que cancelar alguns compromissos já assumidos, pois não conseguiremos cumprir", lamentou.

Já o membro do Comité Paraolímpico Angolano, Samuel Justo, informou os deputados da 7ª Comissão de Trabalho Especializado da Assembleia Nacional que há sete anos a instituição clama por um espaço para a construção de um centro de treinamento, mas sem sucesso.

"Há sete anos que estamos nesta luta. Não temos espaço para a construção de um centro de treinamento", disse aos deputados da 7ª Comissão de Trabalho Especializado da Assembleia Nacional o porta-voz do Comité Paraolímpico Angolano, Samuel Justo.

Samuel Justo lamentou o facto de a Taça Sayovo, competição do Governo, não se realizar há dois anos, por falta de verbas, apesar de ter vindo a constar do OGE.

"Apesar de Angola estar envolvida nos Jogos Paraolímpicos (de pessoas com deficiência), a realizar-se em 2020, a referida actividade não consta da proposta do OGE para o próximo ano", acrescentou.