Com a retirada da Zap do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão (Girabola), as formações do 1.º de Agosto e do Petro de Luanda vão deixar de encaixar milhões Kz por época, em relação aos quatro anos que a maior cadeia televisão tutelou os direitos de transmissão dos jogos.

Segundo fonte ligada ao dossiê, militares e tricolores, no primeiro ano de contrato com a ZAP, cada equipa levou para o seu cofre um total de um milhão de dólares, sendo que o mesmo valor era pago em kwanza, em função da taxa de câmbio do dia.

Nos três anos seguintes, as duas maiores formações nacionais, com a acentuada crise financeira que o País vive, registaram queda nos dinheiros que ganhavam da operadora, através dos direitos de transmissão de jogos do Girabola ZAP.

"No primeiro ano, recebemos um milhão de dólares cada, mas o valor foi-nos pago em kwanza. Nos anos seguintes, houve redução com câmbios nunca esclarecidos. Quando viram que não havia mais ninguém no mercado, eles é que estipulavam o quanto deviam pagar. Estava quase a meio milhão de dólares", lembrou.

Em relação à diferença "abismal" dos valores que eram cabimentados às equipas de Luanda como às do interior do País, a fonte diz ser justa, em virtude de os militares e os tricolores terem aumentado o nível de audiência da ZAP, sobretudo nos dias em que fossem transmitidos os jogos das respectivas formações.

Em entrevista ao NJ, Nzolani Pedro, presidente do Santa Rita do Uíge, apontou que as "injustiças" na distribuição do dinheiro proveniente do patrocínio da ZAP não são novas, mas antigas.

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