Na sua análise, a EIU nota que o objectivo do Governo em privatizar 195 empresas estatais ou comparticipadas pelo Estado está comprometido e vai ser "difícil de alcançar" por causa dos prejuízos acumulados, pelo elevado nível de burocracia e pelos escassos níveis de liquidez do sistema financeiro.

Esta análise, citada pela imprensa portuguesa a partir de uma notícia da Lusa, nota ainda que o programa das privatizações vai manter-se lento, especialmente, assegura a EIU do Grupo britãnico Economist, porque uma grande parte das empresas na lista das 195 continuam a dar prejuízos.

Os peritos da EIU sublinham ainda que "o plano de privatizações continua a ter um desempenho lento, provavelmente devido aos altos níveis de burocracia, ao desafiante ambiente de negócios que dificulta o investimento privado, e aos baixos níveis de liquidez do sistema financeiro angolano".

Recorde-se que ainda este mês 13 empresas do sector fabril que integram a lista das 195 começam a ser alienadas, referente à segunda fase do processo de privatizações iniciado em 2019 e que foi uma das grandes apostas do Executivo de João Lourenço para alterar a textura económica nacional.

Até ao momento, o Programa de Provatizações (ProPriv), diz ainda a mesma notícia, foram arrecadados 16 milhões USD, valor aquém do pretendido por este programa que tem subjacente o objectivo de limitar a exposição financeira e tornar os serviços públicos mais eficientes, como sublinham os analistas da Economist.