Apesar de receber um apoio de 50 milhões Kz no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), Fernando Malamba, coordenador da cooperativa, em declarações ao Novo Jornal, sublinhou que tem sido um sacrifício produzir no município do Quitexe.

"Entre parar a actividade, preferimos diminuir a quantidade de produção para darmos resposta ao apoio que nos foi dado pelo Governo", explicou.

A cooperativa já plantou 30 hectares de mandioqueira para ser colhida no mês de Outubro e dois hectares de bananal. Após a colheita destas plantações, prevê plantar milho, feijão e batata-doce.

Por outro lado, a Atlas, uma empresa de transformação de madeira, está condicionada também para aumentar a produção devido à falta de electricidade.

"O sector empresarial no país tem de ser estimulado para contribuir na economia nacional, mas, infelizmente, temos encontrado grandes dificuldades que faz com que o sector empresarial não possa crescer, como a falta de crédito, de energia e água", lamenta.

José Carvalho da Rocha, Governador da província do Uíge, que falava em conferência de imprensa no momento da recepção de 30 jornalistas ligados ao projecto "Andar o País pelos caminhos da agricultura e desenvolvimento", admitiu a falta de energia na província, pois dos 16 municípios, apenas três têm energia da rede pública.

"Estamos a trabalhar para conseguirmos aumentar o nível de electrificação da província porque entendemos que com isso muitas outras pequenas e médias iniciativas vão surgir na província fruto desse esforço. É um trabalho que temos de fazer não só em relação à electricidade, mas ao acesso à água das populações também".