Segundo a concessionária nacional, a produção teve início em 30 de Julho e está a ser feita através do navio flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO) "Armada Olombendo".

Em comunicado, a ANPG refere que o campo Cuica, operado pela ENI, foi descoberto no poço de exploração Cuica 1, em Março deste ano, e está localizado a uma profundidade de água de 500 metros, a cerca de três quilómetros do FPSO "Armada Olombendo".

"A produção precoce do desenvolvimento, que vai aumentar e sustentar o planalto de produção do FSPO 'Olombendo', inclui um poço produtor de petróleo e um poço de injecção de água, ligados ao sistema de produção submarina existente em Cabeça Norte, explorando todo o potencial das infra-estruturas disponíveis na área", refere a concessionária.

O FSPO tem uma capacidade de produção de 100.000 barris de petróleo por dia e está concebido para funcionar durante a sua vida produtiva com descarga zero, lê-se no comunicado, que refere que além do Cuica, o navio está também a receber e tratar a produção dos campos de Cabaça, Cabaça Sudeste e UM8, para um total de 12 poços e cinco colectores a uma profundidade de água que varia entre 400 e 500 metros.

Para o quarto trimestre deste ao está previsto que o FPSO "Armada Olombendo" receba a produção do campo Cabaça Norte, lê-se o comunicado.

O Bloco 15/06 é operado pela ENI Angola, com uma quota de 36,84%, compondo o restante grupo empreiteiro a Sonangol Pesquisa & Produção, com 36,84%, e a SSI Fifteen Limited, com (26,32%).

Para a direcção da ANPG, "este é mais um marco relevante na trajectória do sector petrolífero angolano, sobretudo num período em que o foco principal passa por travar o declínio da produção que se vinha fazendo sentir", refere o comunicado.

"Com a entrada em produção do campo Cuica, demonstramos mais uma vez ao mercado que quer a concessionária nacional quer os operadores continuam a trabalhar afincadamente na dinamização dos recursos petrolíferos nacionais", disse o presidente da ANPG, Paulino Jerónimo, citado o comunicado.

O presidente executivo da ENI, Claudio Descalzi, igualmente citado no documento, enfatizou a importância do projecto para Angola, considerando o arranque da produção no Campo Cuica, apenas quatro meses após a sua descoberta, "mais um exemplo do extraordinário sucesso da exploração angolana e mundial da ENI".