Os ministros do sector dos 23 países do grupo OPEP+ aprovaram "a continuação dos níveis de produção de Março para o mês de Abril, com excepção da Rússia e Cazaquistão", informou a organização em comunicado.

O acordo permite a Moscovo aumentar a sua produção em 130.000 barris diários e ao Cazaquistão mais 20.000 barris por dia, acrescenta a nota da OPEP.

Já a Arábia Saudita continuará em Abril a deixar fora do mercado um milhão de barris diários, um corte que esteve em vigor em Fevereiro e Março, decidido de forma unilateral e adicional em relação ao compromisso de redução da produção.

A OPEP+ (OPEP e aliados), responsável por cerca de 60% da produção mundial de petróleo, vai continuar a manter um corte na oferta de 6,85 milhões de barris diários, depois de em Maio passado ter decidido uma redução sem precedentes para compensar a queda histórica no consumo de combustíveis causada pela pandemia de covid-19 e travar a descida dos preços.

Na declaração final, os ministros congratularam-se por o cumprimento dos compromissos ter alcançado 101% e pelo efeito positivo das medidas.

Desde a reunião de Abril de 2020 até finais de Janeiro de 2021, a OPEP+ deixou de produzir 2.300 milhões de barris de petróleo, "acelerando o reequilíbrio do mercado de petróleo", assinalaram os países do grupo.

Depois de ter sido anunciada a decisão da reunião da OPEP+ (que decorreu por videoconferência), os preços do petróleo reagiram com uma subida acentuada e o preço do petróleo Brent (de referência na Europa) chegou a subir 5,47% no mercado de futuros de Londres.

A próxima reunião foi convocada para o dia 01 de Abril.