A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL) contraiu uma dívida acumulada de 8,5 biliões de kwanzas no ano passado, proporcional a 13,5 mil milhões de dólares, detectou o Novo Jornal no relatório e contas da petrolífera, do exercício financeiro 2020, divulgado no site da instituição na sexta-feira, dia 10 de Setembro.

Nas contas da firma está, inclusive, esmiuçado que, no agregado com os anos anteriores, o passivo da petrolífera nacional é de 15,5 biliões Kz, isto é, 24,7 mil milhões de dólares. Observa-se, contudo, que, apesar de a dívida geral ainda ser enorme, houve uma redução de 19% se comparada aos quase 19 biliões Kz do passivo global contabilizado nas demonstrações financeiras de 2019.

Da dívida de 8,5 biliões Kz contraída pela SONANGOL no ano passado, quase 50%, ou melhor, 4,2 biliões Kz (6,6 mil milhões USD) está relacionada com "contas a pagar", sendo que só neste capítulo se nota que, com os prestadores de serviços, por exemplo, a petrolífera somou um passivo de 1,5 biliões Kz (mais de 2,4 mil milhões USD).

Sobre o assunto, a petrolífera detalha no documento que também faz parte do pacote desse passivo os saldos com entidades externas, nas quais se adquiriram bens e serviços fornecidos às empresas do Grupo SONANGOL.

"A principal componente deste saldo provém da subsidiária SONANGOL Logística, representando cerca de 61% do total do montante em saldo no exercício 2020 e corresponde maioritariamente à aquisição de produtos refinados (importação de combustível), sendo a sua magnitude e aumento face ao período anterior justificado com os efeitos das sucessivas desvalorizações acentuadas da cotação cambial da moeda nacional (Kwanza) face à moeda estrangeira (dólar) e pelas dificuldades no acesso a divisas no mercado nacional", fundamentou a petrolífera.