O PCA , que disse que a Sonangol teve um aumento de três por cento da sua força de trabalho nem 2020, fez estas declarações durante a conferência de imprensa anual, que visou a apresentação do balanço provisório referente ao exercício 2020 da Sonangol e assinalou também os 45 anos da petrolífera.

Segundo Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, a Sonangol recuperou, em 2020, novos blocos petrolíferos que vão contribuir para o aumento da sua quota de produção para este ano.

O PCA da Sonangol disse ainda que a petrolífera tem feito internamente algumas estimativas da valorização da empresa que apontam para um intervalo entre 21,8 mil milhões de dólares e 27 mil milhões dólares, o que tendo em conta a venda dos 30% previstos seria equivalente a um valor entre 6,5 e 8,1 mil milhões de dólares.

Os trabalhos de preparação deste processo já tiveram início, tendo sido contratada para o efeito a consultora Ernst&Young, e a primeira reunião aconteceu a 18 de Fevereiro, informou Sebastião Pai Querido Gaspar Martins.

Em relação a um possível reajuste do preço dos combustíveis, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins disse que não será para breve.

"Esse ajustamento será feito tão logo a situação seja resolvida com as diferentes entidades envolvidas. Mas por agora a Sonangol não prevê fazer alteração", afirmou o PCA da petrolífera estatal, que realçou, também, que a petrolífera arrecadou, em 2020, apenas cinco milhões de dólares, valor reduzido devido à queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

"Os custos operacionais também sofreram uma redução, fruto principalmente de uma negociação muito apurada que fizemos de contratos. Ao nível da exploração e produção, o destaque vai para o reinício das actividades de exploração onde estamos com qualidade de operadores (Bloco 5/06 e o bloco 27), e pretendemos aumentar os níveis de 25 para 100 em 2023", salientou.

Segundo o PCA da Sonangol, em 2020 o País importou menos produtos derivados do petróleo, o que permitiu que a petrolífera fizesse uma poupança financeira.

"Em 2020 importámos muito menos do que importámos em 2019, foram cerca de dois milhões de toneladas métricas, o que permitiu, mesmo assim, manter o mercado abastecido. E, se repararmos nas vendas, nós vendemos menos 14 por cento do que anteriormente", assegurou.

Quanto ao gás e energia renováveis, o PCA realçou que a Sonangol, agora, tem parceria para a construção, na província do Namibe, de uma unidade de fotovoltaica (energia solar) de 25 megawatt para fazer com que a província dependa menos de energia de fontes térmicas, que segundo contou, tem sido para Sonangol um grande esforço financeiro.

"Temos a segunda unidade de fotovoltaica, na Huíla, em parceria com a TOTAL, que instalará uma unidade de 35 megawatt", explicou.