A nova administração tem como missão conduzir a TAAG a uma nova fase da sua existência que passa, primeiro pela sua reestruturação e melhoria da eficácia financeira e, numa segunda fase, proceder à sua privatização, como está previsto no programa nacional de privatizações, ProPriv.

A nova administração conta ainda com Rui Carreira, que esteve à frente da comissão executiva nos últimos anos e que agora assume um cargo de administração mas não-executivo.

Custódia Bastos, Lissa Mota Pinto, Steve Azevedo e Isabel Sousa Godinho integram ainda a comissão executiva da transportadora aérea nacional.

Esta nova gestão da TAAG resulta da exoneração dos anteriores chefes da empresa por decreto presidencial, justificando a decisão com a necessidade de acelerar o plano de reestruturação que tem como objectivo estratégico a privatização parcial da companhia.

João Lourenço justificou esta medida remetendo para o seu decreto de 2020 onde determina que a TAAG deixe de ser detida única e exclusivamente pelo Estado, o que abre a porta à sua privatização para a qual é fundamental uma profunda reestruturação.

A nota da Casa Civil do Presidente da Republica onde é divulgada a exoneração dos administradores da companha nacional de bandeira aponta ainda para a necessidade de mudar a política empresarial face ao seu objectivo estratégico, que é, no limite, a sua maior eficácia operacional e financeira, elementos essenciais para a futura privatização.

Com esta decisão do PR, deixaram os cargos de topo o presidente do Conselho de Administração, Hélder Preza, o presidente da Comissão Executiva, Rui Carreira, e os restantes administradores executivos e não executivos.

A TAAG é uma das empresas de topo que o Estado incluiu no seu programa de privatizações ProPriv, sendo que esta deve ser feita, pelo menos numa primeira fase, apenas parcialmente.

Mas esse processo ficou fragilizado pelos recorrentes balanços negativos da empresa, cujo défice tem crescido, sendo que em 2020, devido à pandemia da Covid-19, avolumaram-se os prejuízos que foram, nesse período, de quase 370 milhões USD.

O Estado tem injectado, ano após ano, centenas de milhões de dólares na empresa para equilibrar as contas, sendo que só em 2019 esse montante ascendeu aos 900 milhões USD.