A construção das cinco empresas terá custado ao País 30 milhões de dólares, segundo o Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado (IGAPE).

As empresas agora alienadas são a Carton, uma unidade para embalagens de caixas, adquirida pela Angolissar, a Indugidet, uma fábrica de produtos de higiene e detergentes, comprada pela empresa Azoria, a Juntex, fábrica de cimento-cola, comprada pela empresa Ecoindustry, a Coberlen, unidade para fabrico de cobertores, adquirida pela Zeepack.

A Zeepack comprou também a Univitro, a única em funcionamento do lote das cinco empresas alienadas pelo Estado.

Para a segunda fase deste processo de privatizações estão previstas outras 25 unidades industriais da Zona Económica Especial Luanda Bengo, de um total de 52 unidades aí instaladas.

A cerimónia foi dirigida pelo presidente do conselho de administração do IGAPE, Valter Barros, com a presença do presidente da Zona Económica Especial, Henriques da Silva, representantes da Sonangol e investidores.

Valter Barros, gestor do IGAPE, referiu que as unidades foram avaliadas há muito tempo e as condições em que foram avaliadas na altura não são as mesmas de hoje.

"Quando lançámos o concurso, colocámos o preço de referência resultante desta avaliação que foi feita já há cincos. O mercado acabou por ditar as ofertas dos preços que recebemos dos investidores", disse o gestor público, citado pelo Jornal de Angola.

O responsável salientou que "o objectivo é que essas empresas criem empregos, paguem os seus impostos e façam parte da economia angolana".

Já Carlos Nelson Giovetti, gestor da Azoria, empresa que adquiriu a Indugidet- Indústria de Produtos de Higiene e Detergentes, pelo valor de 3,3 mil milhões Kz, contra os 6 mil milhões Kz propostos pelo IGAPE, lembrou que boa parte do equipamento das fábricas já se encontra obsoleto.

"São equipamentos com mais de 10 anos de fabrico, não sabemos se ainda aparecem peças de reposição. Agora que assinámos o contrato vamos proceder a um outro levamento, se calhar adquirir novos equipamentos, mais modernos e só depois é que vamos pôr a fábrica a produzir. Mas, vamos fazer de tudo para que seja ainda este ano.


A assinatura de contratos foi antecedida por um concurso público aberto em Fevereiro, com a recepção das manifestações de interesse, seguida de um processo de qualificação para a apresentação das propostas, que foram avaliadas por uma comissão de negociação.