Segundo uma notícia divulgada hoje no American Journal of Transplantation, esta inovação, que foi precedida há poucos dias de um transplante de um coração de um suíno, igualmente modificado geneticamente, é o início de um processo que pode salvar milhares de vidas que todos os anos se perdem por falta de órgãos disponíveis para transplante.

O recurso a órgãos de porco, em detrimento, por exemplo, de outros animais, como símios, tem por base o facto de ser muito difícil garantir quantidade suficiente destes animais para o uso dos seus órgãos e o porco tem dimensões físicas semelhantes ao corpo humano e ainda porque a contestação ao uso de animais para o efeito ser menor no caso dos suínos que de primatas como os chimpanzés, que partilham mais de 98% do ADN humano.

Segundo a notícia, os rins transplantados para este homem funcionaram e produziram urina e não foram, para já, rejeitados pelo organismo do homem que os recebeu.

Os médicos estão a seguir de perto a evolução do estado de saúde do transplantado para, ao fim de um determinado período, poder dar esta inovadora operação como tendo sido de sucesso total.