Os responsáveis pelos testes a estes novos medicamentos, citados pelas agências internacionais, admitem mesmo que o Ébola, a mais grave de todas as febres hemorrágicas conhecidas no mundo, em pouco tempo ai passar a ser "uma doença tratável".

A epidemia que graça nas províncias do Kivu Norte e Ituri, no leste da RDC, desde 01 de Agosto de 2018, já matou mais de 2.800 pessoas, com milhares de contaminações provadas, sendo a 2ª mais grave desde que o vírus foi detectado pela primeira vez em humanos, em 1976, também na RDC e só ultrapassada em número de vítimas pela devastadora epidemia que varreu a África Ocidental em 2013/2014.

Os quatro novos medicamentos, que surgem depois de uma vacina ter dados sinais positivos na prevenção, mostram, segundo as mesmas fontes, uma alta taxa de curabilidade entre os doentes com eles tratados.

"Mais de 90% dos doentes tratados com os medicamentos mais eficazes aplicados neste estudo podem sobreviver se forem submetidos a tratamento nos primeiros momentos da contaminação", avançam os autores do estudo, que teve a aprovação da Organização Mundial de Saúde e das autoridades sanitárias congolesas.

A demonstrar tal eficácia estão dois doentes que já esta semana regressaram às suas casas depois de devidamente tratados num hospital em Goma, cidade no epicentro da epidemia no Kivu Norte.

Uma comunicação do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas dos EUA, que liderou e co-financiou o estudo, anuncia estas "boas notícias" para o combate global a esta mortífera doença viral.

Os medicamentos mais importantes e eficazes aplicados neste estudo foram baptizados de REGN-EB3 e mAb114 e a sua acção benéfica resulta da acção de anticorpos reunidos a partir de doentes infectados que neutralizam o impacto do vírus em humanos.

O grupo de cientistas que realizou este estudo foi coordenado pela OMS e teve início em Novembro do ano passado. de mortalidade que chega aos 70%.

O Ébola é a mais letal das febres hemorrágicas, com um índice