O anterior Executivo começou a tirar os benefícios da paz, mas, face ao falhanço da Conferência de Bruxelas, o mesmo ficou manietado a uma dupla dependência de financiamentos, no caso da China e do Brasil, que se presumem não vacinadas contra a corrupção, mas que trouxeram alguma reconstrução de infra-estruturas, mas sem qualidade na maioria dos casos e em estruturas sociais à luz do que era preciso fazer no pós-guerra.

Elas estão aí a dar a sua contribuição para a saída da grave crise económica e social que vivemos e sorver os poucos recursos que o Estado tem, em especial em produção e linhas de distribuição de energia e água, no caso dirigidas maioritariamente para a população, o que urge reorientar para o sector produtivo, quer agrário, pescas e indústria e conforme estamos a tratar com o sector e também em estradas numa mesma interacção com a tutela em que envolvemos também associações do ramo.

Seguindo a energia, a água e as estradas, olhemos a agricultura, na qual muitos elefantes brancos estão a ser oxigenados com as privatizações e onde o crédito malparado no BDA (como no BPC) é um formigueiro para quem o gere e sem se ter tirado o partido devido desses financiamentos a grandes projectos, e reconheça-se que, em prejuízo declarado para as milhares de PME, mesmo as agrícolas e pescas que a actual gestão está a procurar reverter, ainda assim a sofrer muita pressão originária de projectos falhados e com três bancos a encarar esses desafios que são o BRK, o BIC e BAI e daí o desembolso tão pequeno.

Tudo isso a dar grande dor de cabeça ao BNA, que se estica para ver se a banca se envolve mais na estratégia do Executivo, o PRODESI, mas de alguma utopia, pois as PME precisam, sim, de outros instrumentos mais adequados à sua falta de capital, e nele, por algum elitismo, marginalizam-se garantias efectivas que há e de muito baixa literacia financeira, a quem a banca, como método de contenção do risco (alguma lógica), se metem os pedidos nos garrotes dos famigerados pedidos de estudos de viabilidade técnico-económica, que custam os olhos da cara e muitos autênticos copy e paste até de distribuição de comissões.

Muito se diz fazer pela economia familiar agrícola, mas qual torrão de açúcar para perto de três milhões de famílias com os seus cerca de 15 milhões de hectares e onde é preciso fazer mais mesmo em detrimento de grandes projectos, pois, de outra forma, não só perdemos essas capacidades desse capital humano e das suas terras, mas também o tsunami à migração para as cidades (que tal era bom para o País na teimosia de alguns) que continuará, ela um autentico garrote na vontade do Executivo em querer melhorar as condições de vida, mas é preciso ser rápido e contundente e nada de pachinhos quentes.

Uma indústria que cresceu, muito suportada pelas taxas aduaneiras (mérito da AIA, mas agora a alertar para mudanças para se aumentar o conteúdo local) em especial em Materiais de Construção e Metalurgia (muito maior do que se pensa nos nossos gabinetes) quando na queda abrupta do Investimento Público e na esperança de que o Executivo aposte (é urgente) na proposta de "Quatro associações" para um Programa Nacional de Habitação Social e da Construção autodirigida.

Ainda na Indústria crescimento no ramo das Gráficas e de Embalagem e no das Bebidas, nestas de onde e com urgência se deve tirar o pesado ónus do mais que óbvio IEC-Imposto Especial de Consumo, ele sobre o álcool (dilacera e mata) e sobre o açúcar (diabetes que o Executivo ainda não consegue subsidiar e custo de hemodiálises), mas que hoje deixa de fora milhares de utilizadores (industrias e não só) para ser transferido apenas para as suas duas únicas fontes, na importação sob alçada das Alfândegas e na produção, hoje e infelizmente só o mérito da BIOCOM no Kwanza-Norte, como mostrado recentemente pelo Ministro Sérgio Santos. Nas Pescas oxigenada agora uma luta contra a depredação nas Pescas e nas Florestas que darão forte contributo nos próximos anos. Portanto agora sérios desafio com o Covid, onde a necessidade de aditar algum consumo a economia via redução de custos de contexto (muitos para demolir), redução da dependência externa em matérias-primas via refinação (dois projectos já em curso), sector mineral e agricultura (PRODESI mais agressivo) e abertura do Comércio formal com a RDC, programa de Habitação Social, distribuição de energia para segmentos produtivos, maior apoio a Agricultura Familiar e a Pesca Artesanal e Sal e controlo trarão impulsos a economia a podermos viver de maiores esperanças no crescimento do PIB verso Crescimento Demográfico e Pobreza, quando com as novas tecnologias (ainda não temos a noção de quanto ela é um potenciador do desenvolvimento e ainda algum petróleo estão aí para se acelerar o crescimento...