"Foi sempre nossa preocupação manter as portas abertas para reintegrar os nossos colegas, mas infelizmente não houve ainda entendimento ", disse ao Novo Jornal Manuel Fernandes, vice-presidente da CASA-CE.

Segundo o dirigente, a não reintegração dos oitos deputados poderá levar o grupo parlamentar a sofrer algumas consequências como por exemplo a redução do tempo de intervenção na Assembleia Nacional de 20 para 11 minutos e a diminuição do orçamento do grupo.

No que diz respeito ao património que os deputados dissidentes reclamam, referiu que eles não têm direitos patrimoniais do grupo, excepto os inerentes a cada deputado, e essas providências estão a ser tomadas.

"Os colegas dissidentes devem beneficiar apenas dos rendimentos a que têm direito como representantes eleitos pelo povo", esclareceu.

Recorde-se 1ue oito dos 16 deputados da CASA-CE demarcaram-se daquela bancada, alegando um conjunto de problemas que têm atrapalhado o normal desempenho da coligação de partidos.

A CASA-CE ficou dividido ao meio depois de o ex-presidente da coligação, Abel Chivukukuvuku ter sido afastado do cargo, em Fevereiro do ano passado, por alegada quebra de confiança política.

Os deputados dissidentes são: Lindo Bernardo Tito, Carlos Candanda, Leonel Gomes, Odete Joaquim, Vitória Chivukuvuku, Abel Lubota, Sampaio Mucanda e Lourenço Domingos.