Em entrevista à ANGOP, sexta-feira, o embaixador de Angola neste país, Joaquim do Espírito Santo, disse que a comunidade já começou a receber informações da Embaixada de Angola sobre o processo de organização do pleito.

O diplomata informou que a Missão Diplomática que dirige tem mantido encontros com a comunidade, "no sentido de prepará-la e prestar todas as informações necessárias, de modo a que, quando chegar o momento, possa votar".

O voto dos cidadãos angolanos na diáspora poderá ser efectivado, pela primeira vez desde 1992, fruto da revisão constitucional feita pelo Parlamento, sob iniciativa do Presidente da República, João Lourenço.

Angola já realizou quatro pleitos eleitorais, em 1992, 2008, 2012 e 2017, todos eles sem a participação da diáspora.

"As mesas de voto serão montadas nos locais que são território angolano, para que os angolanos se possam sentir livres para exercer o seu direito de voto que a Constituição consagra", afirmou o embaixador, sublinhando que a expectativa da comunidade sobre as eleições é grande.

Salientou que a Embaixada angolana nos EUA cobre muitos países na região e clarificou que para o processo eleitoral ocorrer em todos eles requer a existência de instalações físicas nos mesmos, algo que ainda não acontece neste momento.

"Tivemos quinta-feira (16) uma reunião virtual com o ministro da Administração do Território, que baixou orientações e prestou informações importantes que vão permitir às missões diplomáticas e consulares organizarem o processo eleitoral da melhor forma possível, para que possa haver maior participação da comunidade angolana no exerior", explicou Joaquim do Espírito Santo.

A Embaixada de Angola nos EUA estima em mais de sete mil o número de cidadãos angolanos residentes na região da América do Norte.