Ainda em obras, o Centro de Hemodiálise do Hospital Geral de Benguela, apreendido no quadro do processo de recuperação de activos do Estado, começou já a receber pacientes com insuficiência renal, saídos da clínica do Lobito, há uma semana, quando se aguarda por uma resposta ao pedido de impugnação do acto da Procuradoria-Geral da República (PGR), soube o Novo Jornal.

Especialistas em Nefrologia dizem que a movimentação de pacientes nas circunstâncias em que se deu, às pressas, acarreta dissabores em termos de saúde, mas é o lado político, com a consolidação de monopólio no negócio da diálise em Angola, que salta à vista, até pelos pendentes no campo da Justiça, conforme as informações disponíveis.

Do Centro de Diálise do Hospital Municipal de Benguela, controlado pelo Instituto Angolano do Rim, tal como o do Lobito, também saem doentes em direcção ao Hospital Geral (HGB), segundo observação feita pelo NJ nesta terça-feira, 19, em mais um dia de obras de acabamentos.

O Instituto do Rim, à espera de uma dívida de largos milhões de kwanzas, contraída pelo Ministério da Saúde, perde terreno para a Acail, presente em Luanda, nos hospitais Geral e Militar, Bié, Huíla, Moxico e Cabinda.

Tanto é que o coordenador dos centros existentes nos hospitais municipais do Lobito e Benguela, João Bispo, assinalou que, a prevalecer este cenário de fuga, "poderemos ser obrigados a encerrar".

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