Uma fonte da direcção do partido no poder disse ao Novo Jornal, revelou que o actual estado da pandemia causada pela Covid-19, o desemprego, a informação sobre a suspensão do mandato e perda de imunidade do deputado Manuel António Rabelais e a última manifestação convocada pela sociedade civil apoiada pela UNITA, constam da agenda da reunião do Comité Central do MPLA.

Segundo a mesma fonte, o Comité Central do MPLA vai apreciar ainda os trabalhos de preparação do VII Congresso Ordinário da OMA, aprazado para Março de 2021 e perspectivar o calendário de eventos e o orçamento do partido para 2021.

Recorde-se que na sua última reunião, em Março deste ano, o Comité Central do MPLA encorajou o Executivo angolano a prosseguir com a implementação de medidas que visem o fomento do emprego e a aceleração da formalização do sector informal da economia.

O Comité Central do MPLA encorajou ainda o Executivo a continuar com acções para mitigar os efeitos da crise económica e financeira mundial que assola o País e as famílias angolanas, particularmente.

O principal partido da oposição a UNITA, marcou para os dias 30 e 31 de Outubro a realização da sua reunião da Comissão Política, que vai actualizar os membros deste órgão sobre o momento que o País atravessa, marcado pela pandemia da Covid-19, os desafios presentes e futuros do partido e do País, para além da resenha das actividades desenvolvidas no primeiro semestre de 2020.

A Comissão Política, segundo apurou o Novo Jornal, vai informar os participantes sobre o posicionamento do partido face ao adiamento das eleições autárquicas no País, inicialmente previstas para este ano e de alguns processos disciplinares instaurados contra alguns militantes e não deixará de abordar a última manifestação convocada pela sociedade civil e apoiada pela UNITA.

A FNLA, o outro partido histórico, que, apesar de enfrentar uma crise interna severa, vai reunir o seu Comité Central quinta-feira, 29, para entre outros assuntos, analisar a suspensão do secretário-geral do partido, Pedro Mucumbi Dala.

A medida deve-se, segundo Lucas Ngonda, a uma alegada traição de Pedro Mucumbi Dala e por não "comungar os mesmos ideais políticos", pelo que foi substituído interinamente por Aguiar António Laurindo.

Pedro Mucumbi Dala, também coordenador da Comissão de Unidade do Partido, acusou o líder da FNLA de pretender "perpetuar-se na presidência do partido, refugiando-se no acórdão do Tribunal Constitucional".

Esta reunião vai debater assuntos relacionados com a preparação do II congresso extraordinário inclusivo da FNLA, que terá lugar no próximo ano.

A FNLA, o MPLA e a UNITA são os três movimentos históricos signatários, com Portugal, dos acordos de Alvor, que conduziram à proclamação da independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.

Nas primeiras eleições gerais, realizadas em Setembro de 1992, a FNLA obteve apenas cinco assentos na Assembleia Nacional (Parlamento), contra 129 deputados conseguidos pelo MPLA (vencedor) e 70 da UNITA (maior partido na oposição).