O Presidente da República acrescentou que o Nobel da Paz atribuído a Abiy Ahmed Ali é "uma demonstração clara de que vale sempre a pena colocar acima de qualquer diferença os anseios dos povos à paz e primar pelo diálogo e pela solução pacífica dos diferendos".

Foi com "grande satisfação" que João Lourenço recebeu a notícia do vencedor deste prémio este ano, acrescentando que os outros políticos e lideres africanos devem ver nele "uma referência e exemplo para a solução dos conflitos que ainda perduram no continente" africano.

Sublinhando que é "em nome do povo e do executivo angolano", João Lourenço nota que o prémio sublinha o empenho que Abiy Ahmed Ali "empreendeu corajosamente para pôr fim a um conflito que durante anos afectou os interesses do progresso e desenvolvimento do povo etíope e do povo eritreu".

Abiy Ahmed Ali é primeiro-ministro da Etiópia desde Abril de 2018 mas o seu trabalho em prol da reconciliação com a vizinha Eritreia, depois de décadas de conflito, e ainda na vasta região do nordeste africano, levaram o júri a atribuir-lhe o Prémio Nobel, na sexta-feira, destacando o Comité Nóbel norueguês a intenção de que este seja um incentivo forte para que conclua a sua missão de paz nesta tradicionalmente conturbada região do mundo.

Reconciliação, paz solidariedade e justiça social são algumas das palavras usadas pelo júri do Nobel da Paz para justificar a entrega deste prémio, um dos mais mediáticos de todas as categorias do Nobel, cujo valor ronda o milhão de dólares mas que tem no prestígio a real dimensão do seu valor.

O primeiro-ministro da Etiópia "iniciou reformas de grande importância que estão a permitir a muitos cidadãos reganharem a esperança de um futuro melhor", diz ainda o documento emitido pelo júri.