Com 70% do bolo para antigos militares, em obediência a uma directriz do Presidente da República, João Lourenço, o Programa Integrado de Combate à Pobreza (PICP) encontra, no município de Benguela, indicadores de fragilidades na fiscalização dos 25 milhões de kwanzas mensais, que penalizaram já, em dois anos, mais de 700 desmobilizados, apontam cálculos do NJ feitos mediante informações disponíveis em documentos oficiais.

É certo que nem sempre a estrutura central liberta os valores aprovados, como sugerem, aliás, queixas de vários pontos do País, oriundas de administradores e de conselhos municipais, mas a gestão do orçamento à disposição aponta para compra de kits profissionais a preços muito acima do que o mercado determina, reduzindo à insignificância o número de beneficiários.

O fio condutor desta investigação é um concurso público promovido pela Administração Municipal de Benguela, a 26 de Fevereiro do ano em curso, para a aquisição de centenas de animais, entre bovinos e caprinos, para cooperativas de ex-militares.

O concurso está envolto em suspeitas de fraude, denunciadas por um dos participantes, a empresa Miapia Sumua, que diz ter sido afastada, apesar de vencedora, de um negócio a rondar os 25 milhões de kwanzas, precisamente o valor da quota mensal no âmbito do PICP.

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