Três anos depois de o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) subir de três mil para 30.500 kwanzas a taxa de emissão do passaporte ordinário, alegando que a nova tabela permitiria, entre outros aspectos, tornar "mais fácil encomendar um maior número de cédulas do documento", os angolanos continuam a "fazer das tripas coração" para obter o documento que os habilite a efectuar viagens internacionais.

Pelo meio, para além de sucessivas promessas de que o documento passaria finalmente a ser emitido com maior celeridade, contam-se, igualmente, empréstimos milionários por parte do Estado para supostamente pôr em marcha o passaporte electrónico e um sem-número de histórias de pessoas que perderam oportunidades de negócio ou se viram forçadas a adiar o sonho de prosseguir os estudos no exterior.

É o caso, por exemplo, da comerciante Paulina Garcia, que há meses se vê impedida de executar o plano de ir à Turquia vender produtos da culinária nacional aos emigrantes angolanos residentes naquele país euro-asiático, conforme lhe sugeriu um familiar em face de um estudo de mercado, que recomendou também trazer da Turquia imóveis e roupas para revender cá.

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