As famílias cadastradas que vivem no local e não foram atingidas pelo incêndio serão também contempladas com um terreno para construção auto-dirigida.

Em declaração ao Novo Jornal, o porta-voz da Comissão Administrativa de Luanda, Francisco Alexandre, descartou a hipótese das mais de 600 famílias que vivem em más condições no Bairro do Povoado há vários anos receberem habitações.

"A Comissão Administrativa da Cidade de Luanda encontrou um espaço, em Kaxicane, no município de Ícolo e Bengo, já com energia e água, para distribuir pelas famílias vítimas do incêndio, para construção auto-dirigida", disse.

Segundo o porta-voz da Comissão Administrativa de Luanda, assim que as pessoas forem encaminhadas para o local, já loteado, cada família terá de construir a sua própria casa dentro do patrão estabelecido pelo Governo.

Francisco Alexandre preferiu não avançar uma data prevista para a transferência das famílias sinistradas, alegando não existir um horizonte temporal, mas assegurou que "estão a ser feitos esforços para retirar a população o mais breve possível.

"Não posso adiantar datas porque as máquinas estão a fazer a limpeza do terreno e há uma expectativa sobre tudo isso. Queremos que as pessoas encontrem já no local o material para a auto-construção e outros serviços", afirmou.

Conforme Francisco Alexandre, a ideia é fazer a transferência emergencial das sinistradas e posteriormente das restantes famílias que vivem no Povoado/Caboledo.

"O objectivo é tirar todas as pessoas dali e dar uma outra utilidade àquele espaço", contou.