Segunda-feira, 3 de Maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o jornalista Francisco Rasgado, 64 anos, vai conhecer o acórdão do Tribunal da Comarca de Benguela no processo que responde por injúria e difamação, ciente de que o Ministério Público e a acusação pedem condenação, ao passo que a sua defesa diz não ver razões para tal.

Na última sessão de julgamento, há três dias, o órgão fiscal da legalidade justificou, nas alegações finais, a sua posição argumentado que ficaram provados os crimes de injúria contra a autoridade e difamação, incorporados num "jornalismo sem objectividade".

A esta solicitação de pena sem privação da liberdade, seguiu-se um pronunciamento da acusação, na mesma linha de pensamento, acrescido de um pedido de indemnização na ordem de um bilião, 338 milhões e 754 mil kwanzas - USD 2.654.782.00, o valor das máquinas que deram azo à peça jornalística em juízo.

Luciano Elias, advogado de Rui Falcão, reforçou a tese de uma pena agravada devido a antecedentes criminais e por se tratar de um profissional com muitos anos de actividade.

"Este é o valor a pagar pela ofensa da honra e do bom-nome do nosso constituinte", resumiu, igualmente, nas alegações, antes da declaração do advogado do empresário Carlos Cardoso, sócio-gerente da CCJ, que também age judicialmente contra o fundador do Chela Press.

Luís da Graça notou que o seu constituinte pede uma indemnização de cinco milhões de kwanzas, valor que espera doar a pessoas carentes.

Nenhum dos dois advogados aceitou prestar declarações a jornalistas sobre os argumentos que acabava de apresentar ao trio de juízes ao fim de 12 horas de trabalho.

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