Angola foi o primeiro país da lusofonia a receber vacinas da Covax e priorizou os profissionais de saúde que diariamente lutam contra a pandemia, prevendo vacinar 20 por cento da sua população, com realce para as pessoas com co-morbidades e os idosos.

A médica Amélia Gourgel, de 71 anos, foi a primeira cidadã angolana a receber a vacina da Covid-19, em Angola, no Depósito Central de Vacinas, no bairro do Palanca, em Luanda.

A ministra da Saúda, Sílvia Lutucuta, destacou a importância de o País ter recebido 624 mil doses de vacina da AstraZeneca, por parte da iniciativa Covax, e salientou que vacina tem uma eficácia de 70 a 80 por cento e está a aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Europeia do Medicamento.

De acordo com a ministra, uma pessoa deve tomar uma dose no braço direito e a segunda dose no braço esquerdo, mas só passados oito dias.

No entanto, Sílvia Lutucuta realçou que o seu ministério vai trabalhar com os centros de alto rendimento a partir do próximo sábado dia 06.

"Vamos vacinar Luanda, Benguela e Cabinda por serem as províncias com o maior número de casos activos nesta altura em Angola. Mas vamos vacinar o País todo", garantiu a ministra.

A governante salientou que quanto à vacinação aos professores, que são profissionais da linha da frente, o ministério que dirige vai priorizar os da classe pré-escolar numa primeira fase.

Sílvia Lutucuta referiu que o plano do Executivo é vacinar até 53 por cento da população, com idade igual ou superior a 16 anos, tendo em conta que a população é bastante jovem e apenas 53 por cento se enquadra nesta faixa etária.

A ministra procedeu ainda à inauguração da cadeia de frio para o acondicionamento das vacinas, localizado na Central de Compra e Aprovisionamento de Medicamentos e Meios Médicos de Angola (CECOMA), que tem uma capacidade para armazenar 74 milhões de vacinas.

Já a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, assegurou aos jornalistas que vários países da União Europeia vão doar vacinas a Angola, dando como exemplo Portugal, que deve fazê-lo nos próximos meses.

Djamila Cabral disse à imprensa que nenhum País está seguro enquanto todas as nações não tomarem a vacina.

"Pelo menos que 20 por cento da população de cada País seja vacinada. E esse é um dos trabalhos fundamentas que a OMS está a fazer no mundo inteiro para garantir que a vacina chegue a todos os lugares", afirmou.

Djamila Cabral assegurou que com a chegada da vacina da Covax a Angola, abre-se uma luz verde para os angolanos no combate a esta pandemia.