A informação foi avançada, esta semana, pelo director do Gabinete de Gestão Urbanística do distrito da Maianga à Angop.

De acordo com Henrique Jorge, a 24 de Janeiro deste ano, após uma avaliação, a equipa de técnicos encontrou uma solução e, para sua execução, basta apenas que haja disponibilidade financeira. O plano, que está a ser elaborado, vai ser posteriormente apresentado à Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL) para análise e aprovação.

Sem avançar números, Henrique Jorge adianta que a empreitada vai obrigar a demolição de algumas moradias para possibilitar a montagem do guindaste que vai servir de suporte para a retirada da grua.

A estrutura metálica de 100 metros de cumprimentos encontra-se instalada há cerca de 40 anos na conhecida zona do Lote 22, colocando em perigo a vida de cerca de 800 pessoas. Mais de 40 casas correm risco de queda. A grua foi colocada para a construção dos lotes do Prenda.

Há anos que os moradores da zona gritam por «socorro» para a retirada da grua que, segundo relatos, quando faz vento forte ou cai chuva, abana, dando a sensação de que poderá ceder e cair sobre as residências.

Anteriormente, diversas entidades ligadas ao Governo Provincial de Luanda (GPL), à Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL) e ao Ministério da Construção, assim como à administração municipal e distrital, já se fizeram presentes ao local, prometendo soluções, mas sem sucesso.

A situação da grua provocou um jogo de «empurra-empurra» de responsabilidades entre o GPL e o Ministério da Construção, ambas instituições demarcavam-se de qualquer responsabilidade para a retirada da estrutura.

O Novo Jornal chegou a remeter uma carta de solicitação de informações ao GPL, no intuito de saber sobre os programas em curso para a retirada da grua, mas a equipa de Luther Rescova remeteu o assunto ao Ministério da Construção, alegando que era da competência daquela instituição resolver o assunto. Por sua vez, o Ministério da Construção afirmou não ser da sua responsabilidade retirar a grua do local que se encontra e encaminhou novamente o assunto para o GPL.

O Presidente da República teve de intervir para uma solução definitiva. No final da reunião que João Lourenço manteve com o GPL e membros do Executivo, o ministro da Construção, Manuel Tavares de Almeida, já tinha uma solução encontrada: propostas de três empresas para a retirada da grua.