A classe futebolística angolana tem falado, constantemente, sobre o destino a ser dado à Cidadela Desportiva, antiga catedral do futebol nacional, cuja parcial interdição foi anunciada em 2019 pela ministra da Juventude e Desportos, devido à degradação de algumas placas de betão do segundo anel do estádio.

Transformado num "gigante adormecido", o Estádio Nacional da Cidadela encontra-se parcialmente abandonado, mas a sua relva, apurou o Novo Jornal, continua a merecer algum tratamento, não com a mesma regularidade como nos tempos em que era o principal palco do futebol doméstico.

Hoje, o reflexo da Cidadela Desportiva, embora não se queira narrar, é doloroso. Quem a visita se depara com fissuras ou rachaduras perigosas, colocando em causa a sobrevivência daquela histórica catedral.

Localizado no distrito urbano do Rangel, município de Luanda, e inaugurado em 1972, ainda na era colonial, o estádio apresenta uma imagem interior e exterior que transmite tristeza para quem conhece bem aquele império do "trumunu" angolano.

Construída há mais de 40 anos, a catedral do futebol angolano, apesar de já ter beneficiado de algumas obras paliativas, mantém a sua estrutura de betão inicial, sem cobertura em toda a sua extensão externa e interna.

Aquando do Campeonato Africano das Nações (CAN/2010), muitos angolanos pensaram que a estrutura beneficiaria de algumas obras de recuperação, mas, no final das contas, ganhou a ideia de se construir o 11 de Novembro, o gigante da Camama que "engoliu" mais de 250 milhões de dólares.

Joaquim Manuel, lavador de carros na parte exterior do estádio da Cidadela, desabafou ao NJ que o Executivo devia pensar seriamente sobre o destino a dar a essa infra-estrutura que quase está abandonada".

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)