Segundo o novo PCA da empresa pública, "as condutas e tubagens da EPAL vão ter sensores necessários para detectar, na hora, qualquer violação que possa ocorrer nas infra-estruturas. Para isso, garantiu, a empresa vai investir, já a partir do próximo ano, em novas tecnologias. "Com esse sistema de telegestão e telemetria vamos conseguir fazer isso, mas tem de haver disponibilidade financeira para implementarmos esses projectos. Acreditamos que vamos chegar a esses níveis", afirmou.


"Não é pouco o que o governo perde com o garimpo. Neste momento, temos uma capacidade instalada de 730 mil metros cúbicos, mas estamos a produzir só 525 mil metros cúbicos", disse ainda Diógenes Diogo.


A EPAL quer também implementar um novo modelo de gestão que passa pelo agenciamento dos seus serviços a terceiros, respondendo aos desafios da municipalização.

"Com o agenciamento dos serviços, nós vamos ter empresas que vão estar ligadas directamente ou estar muito mais próximas da população. É neste sentido que se pretende que, com essa proximidade, o próprio garimpo possa ser detectado com antecedência", referiu o novo presidente do Conselho de Administração.

O fornecimento ininterrupto de água na capital do país só deverá acontecer no primeiro trimestre de 2021, previa, no início de Dezembro, o anterior PCA da EPAL, Leonídio Ceitas, que se queixou igualmente do garimpo de água, mas também da "falta de financiamento, agravada pelo pagamento irregular do consumo e um sistema de cobrança ineficiente".

O, na altura, PCA da EPAL afirmava igualmente que o garimpo é uma realidade que representa "perdas consideráveis de materiais e desperdícios de água", defendendo mesmo a necessidade de leis para punir os transgressores.

"Devem existir Leis para punir os infractores. Estamos a envidar esforços para trabalhar arduamente com a polícia de Ordem Pública para garantir a segurança de todas as redes de distribuição", disse, o PCA anterior, que apontou como zonas mais problemáticas, no que respeita ao fornecimento de água, a do Camama, a Centralidade do Sequele e a zona dos Mártires do Kifangondo.

Por enquanto, a província de Luanda apresenta necessidades diárias de 1 milhão de metros cúbicos de água para uma capacidade real disponível de 500 mil metros cúbicos.