Dois ministérios, dois secretários de Estado, muita polémica e várias dúvidas e críticas. Eis os "ingredientes" do caldo entornado, esta semana, na "mesa" dos agentes de Educação e Ensino. Mas vamos por partes: na segunda-feira, 26, o secretário de Estado do Ensino Superior foi à RNA anunciar que os cursos de Pedagogia, Psicologia e Filosofia "vão ser descontinuados" nos sete Institutos Superiores de Ciências da Educação (ISCEDs) e que, no ano académico que se avizinha, não serão admitidos novos estudantes nestas aéreas, sendo que quem já frequenta estas licenciaturas só receberá o "canudo" após "uma revisão e adaptação dos currículos para perfis ligados ao Ensino Primário e à Educação de Infância".

Eugénio da Silva, agora em declarações ao Novo Jornal, reafirma o que disse à rádio pública, acrescentando que o trabalho está a ser feito "com toda a urgência", mas também "com as demoras e os cuidados necessários para que saia em condições".

"Estamos a elaborar um plano de transição, um currículo mínimo comum, para que quem sair destes três cursos possa, no mínimo tempo possível, por reintegração curricular, terminar com outro perfil", explica o secretário de Estado, reforçando que o objectivo é permitir que os visados adquiram "um perfil aceite pelo Ministério da Educação para leccionarem no Ensino Primário ou na Educação de Infância".

As explicações do governante levantam, entretanto, outra "rajada" de perguntas: Foram os estudantes consultados e informados antecipadamente? Não vai esta alteração afectar-lhes os planos, obrigando-os a terminar a licenciatura dois ou três anos depois do planificado? Há professores em qualidade e quantidade para se fazer face à demanda?

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