Os dados foram avançados esta segunda-feira pela responsável do gabinete de comunicação do Instituto Nacional da Criança (INAC), Rosalina Domingos, que informou que das 1.120 denúncias recebidas, pela via SOS da Criança, 400 casos são de fuga à paternidade, 380 de violência física e psicológica, 150 de crianças perdidas ou desaparecidas, 120 de trabalho infantil e 13 de violência sexual.

"Relativamente à violência sexual, vale informar que houve uma redução de seis casos em relação à semana passada", referiu Rosalina Domingos, em declarações à Rádio Nacional de Angola.

Entre as denúncias de violação sexual a responsável destacou o caso de duas crianças, de 12 e 14 anos, na província do Bié, município do Cuíto, que têm sido abusadas sexualmente pelo padrasto desde a morte da mãe.

"Todos os casos de denúncias recebidos pelo SOS Criança foram encaminhadas para as instituições competentes nas devidas províncias", explicou.

Os casos de violação sexual no país são uma preocupação das autoridades, que nos últimos tempos têm promovido campanhas de sensibilização e informação para combater este fenómeno.

O país registou no último ano 4.221 casos de violação sexual a menores, com idades entre os zero e 14 anos, que afectaram principalmente meninas, de todos os estratos sociais.