O ex-PCA da TCUL, e antigo director-geral da UNICARGAS, foi constituído arguido pela Procuradoria-Geral da República, em 2018, num processo relacionado com desvio de fundos, suspeita da prática de branqueamento de capitais, corrupção, peculato e associação criminosa.

Abel António Cosme está envolvido no processo Conselho Nacional de Carregadores e deveria ter sido julgado em 2019, tal como foram os réus, Augusto Tomás, ex-ministro dos transportes, Manuel António Paulo, ex-diretor geral do CNC (falecido em 2020), Isabel Bragança e Rui Manuel Miota.

Segundo acusação da PGR, o envolvimento de Abel Cosme está ligada à sua gestão na Unicargas E.P, através da qual terá constituído uma empresa privada de serviço de táxi com o dinheiro do CNC.

Em Janeiro deste ano, depois de o seu nome aparecer no "alerta vermelho" da Interpol, acabou por ser detido pelas autoridades portuguesas, em Lisboa.

Álvaro João, porta-voz da PGR, disse que o pedido de extradição foi feito com o propósito de Portugal enviar para Angola o ex-presidente do conselho de administração da TCUL, a pedido das autoridades angolanas, no âmbito da cooperação judiciária internacional.