Pelo menos 100 funcionários da TCUL já têm o veredicto final em mãos e outros estão a descer de categoria profissional, soube o Novo Jornal.

A comissão sindical da TCUL afirma que a direcção da empresa esta a desrespeitar a Lei Geral do Trabalho e surpreendem-se com o silêncio das autoridades competentes.

Jornalistas de vários media, incluindo o Novo Jornal, foram impedidos de aceder às instalações da TCUL, no Cazenga, esta terça-feira, por não estarem autorizados pelo conselho de administração.

Um alto funcionário da empresa, que solicitou anonimato, com medo de represálias, confidenciou ao Novo Jornal que o PCA da TCUL, Paulo Pereira, proibiu a entrada de jornalistas nas instalações.

Domingos Epalanga, o secretário da comissão sindical dos trabalhadores da TCUL, disse ao Novo Jornal que são despedidos trabalhadores sem justa causa e alguns sofreram cortes nos ordenados.

"A TCUL esta a viver um inferno, mesmo após termos enviado vários documentos às instituições competentes, incluindo ao ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, não se moveu uma palha para contornar a situação", lamentou.

Segundo, o sindicalista, a direcção da TCUL esta a aplicar suspensões de forma verbal a vários funcionários, contrariando a lei, para que os mesmos não recorram aos tribunais.

"Temos em mãos documentos que comprovam tudo isso, apesar de não estar fácil conseguir as notas de despedimentos. Mas dispomos de alguns e já remetemos a tribunal e também à Inspecção Geral do Trabalho", contou.

Domingos Epalanga desafiou a direcção da TCUL a desmentir tal informação e a provar que não há perseguições aos funcionários que participaram da greve.

Até ao momento não foi possível ao Novo Jornal obter uma reacção da administração da empresa.