Centenas de candidatos que participaram do concurso para o ingresso à função pública, realizado em 2021 pelo Governo Provincial de Luanda (GPL), contestam a decisão das autoridades de anulação do processo por alegadas irregularidades nos exames e desafiam o elenco de Ana Paula de Carvalho a especificar as referidas falhas, responsabilizando somente os prevaricadores e não todos os participantes.

Ao Novo Jornal, um grupo de mais de 100 candidatos que constavam da lista dos admitidos acusa o GPL de querer "roubar" as vagas e colocar pessoas da sua conveniência. O colectivo vai mais adiante, questionando, por exemplo, por que razão tais irregularidades só foram detectadas nas categorias dos técnicos superiores e médios e não noutras.

"Está claro que querem roubar as nossas vagas e colocar pessoas da sua conveniência. Eles (GPL) emitiram um comunicado dizendo que não houve lisura no processo, então que mostrem os transgressores e que os mesmos sejam responsabilizados. Não podemos pagar pelo erro dos outros", desabafa uma das candidatas, sob anonimato.

Segundo os queixosos, depois da publicação das listas provisórias, em Janeiro, das quais constavam os nomes dos 2.039 candidatos aptos, num universo de 150 mil inscritos, foram orientados pelo GPL a levar para as administrações o restante da documentação, o que chegaram a fazer. Contudo, recordam, em Fevereiro, foram surpreendidos por um novo comunicado do GPL a informar que, face ao número de reclamações (700 recepcionadas), se suspendia o concurso por um período de 15 dias. "Fomos aguardando, mas sem informação alguma. Por que razão agora aparecem irregularidades?", indaga outro candidato.

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