A taxa de letalidade deste vírus mantêm-se nos cerca de 2 por cento enquanto, por exemplo, a do SARS, atingiu os 9,5 por cento, embora seja de esperar um agravamento da taxa desta pandemia. Entre ontem, segunda-feira, 03, e hoje, morreram mais 65 pessoas e os infectados aumentaram em mais de 3.000

As autoridades chinesas mantêm a informação de que as vítimas mortais são na sua esmagadora maioria pessoas idosas ou com quaisquer problemas de saúde que fragilizem os seus sistemas imunitários.

Todavia, a morte de um bebe em Ghizou fez aumentar o receio de que este coronavírus possa estar a evoluir para uma forma mais letal, como, alias, as autoridades sanitárias chinesas admitiram já que poderia acontecer.

Na semana passada a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência global de saúde pública por causa desta pandemia e a China está a proceder a um esforço jamais visto para conter a progressão da doença, com medidas draconianas, como colocar em quarentena rígida dezenas de cidades, a construção em tempo recorde de unidades hospitalares especializadas, proibir a circulação de pessoas interna e retardar as viagens para o exterior...

Enquanto isso, vários países, como a Rússia, a Austrália, o Japão, entre outros, já restringiram as movimentações ou fecharam mesmo as fronteiras, vedando o acesso a cidadãos chineses de forma integral ou que tenham estado na província de Hubei, onde teve início esta pandemia, e dezenas de companhias aéreas deixaram de voar de e para a China.

Angola permanece fora desta lista de países com medidas radicais, porque, apesar de haver uma grande comunidade chinesa no país, as autoridades sanitárias não encontram razões para este tipo de restrições, incluindo as deslocações de e para a China.

E também, enquanto vários países estão a evacuar os seus cidadãos de Hubei, Angola optou, até ver, por aconselhar a que estes sigam as instruções das autoridades sanitárias locais.

Entretanto, fora da China, o vírus de Wuhan já foi confirmado em mais de duas dezenas de países, tendo ocorrido a primeira morte nas Filipinas, este fim-de-semana, um homem de 44 anos, cidadão chinês, que tinha estado na cidade de origem do vírus.

Esta morte contraria aquilo que tem sido anunciado como norma que é que apenas os mais idosos são afectados de forma letal por este vírus, que, sabendo-se já que tem capacidade de evoluir humano-a-humano, ainda não se sabe qual o hospedeiro natural a partir do qual contaminou os humanos, havendo suspeitas entre a comunidade de cientistas que tenha sido um morcego, animal que faz parte da gastronomia chinesa.

Até ao momento foram reportados 180 casos fora da China em 25 países, embora a maioria tenha uma ligação ao país de origem, seja por residirem na província de Hubei, seja por ali terem estado há pouco tempo.

Como a embaixada chinesa em Angola já anunciou, as instruções, que tendem a ser generalizadas, os cidadãos que residem no estrangeiro, nomeadamente em Angola, estão a optar por uma vida social limitada, a evitar circular, ao recolhimento, de forma a evitar a dispersão do vírus através de um potencial infectado, tal como os que se deslocaram para a era natal para comemorar o Ano Novo, a 25 de Janeiro, foram instruídos para retardar o regresso até novas ordens.