Laúca, que será, em funcionamento pleno, uma das maiores barragens da África Austral, ultrapassando mesmo Cahora Bassa, em Moçambique (1 920 Mw), tem ainda por arrancar três dos seis grupos de geradores instalados, que vão permitir um total de 2 070 Mw, deixando para trás as outras duas grandes barragens nacionais, Cambambe e Capanda, esta última com limite de produção nos 520 mw.

Inaugurada pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos a 04 de Agosto do ano passado, Laúca, situada entre as províncias de Malanje e Kwanza Norte, é considerada como uma das obras emblemáticas do fulgor económico que atravessou Angola na última década e começou a encher a sua albufeira a 11 de Março de 2017.

Com um custo global estimado em 4,5 mil milhões de dólares e foi construída pela Odebrecht, com financiamento brasileiro, o projecto viu, pouco antes da sua inauguração, ser aprovado pelo ex-PR um empréstimo de pouco mais de 265 milhões USD, feito pelo banco Standard Chartered, estando esta verba destinada à rede de transporte de energia a partir desta barragem.

A construção de Lauca foi da responsabilidade da brasileira Odebrecht, contando com a linha principal de financiamento um crédito concedido pelo Brasil.

O enchimento paulatino da albufeira estará concluído, de acordo com as informações avançadas pelo Governo, em finais deste, altura em que atingirá a quota máxima dos 850 metros.

Apesar de ser actualmente a maior barragem em Angola, este estatuto deverá ser transferido para a barragem de Caculo Cabaça, também no Rio Kwanza, que custará mais de 4,5 mil milhões USD embora as obras estejam em stand by depois de José Eduardo dos Santos ter lançado a 1ª pedra pouco antes de deixar o cargo.

Esta, se for construída, será a maior barragem do país, com mais de 2 170 MWe de produção e com um custo apontado, há cerca de dois anos, para os 4, 55 mil milhões de dólares, com os chineses da CGGC (China Gezhouba Group Corporation) & Niara Holding, a liderar a sua construção.