O governante discursava no II Fórum Expansão Energia e Ambiente que decorre num dos hotéis da capital angolana, sob o lema "A futura matriz energética em Angola".

Segundo o secretário de Estado, para a implementação do referido plano de acção do sector de energia exige o desempenho das instituições financeiras e do sector privado.

"Prevê-se que o projecto de construção dos parques solares fotovoltaicos sejam concluídos nos próximos anos, estas centrais contribuirão para o aumento da capacidade instalada de geração solar fotovoltaica em 584,50 megawatts injectados à rede e 90 megawatts com 25 megawatts de armazenamento com baterias", assinalou.

O Ministério de Energia e Águas concluiu em 2022 as centrais fotovoltaicas do Biópio com cerca de 188 megawatts, da Baía Farta, com cerca de 97 megawatts e em 2024 da central fotovoltaica de Saurimo, com capacidade de 26,9 megawatts que contribuem com mais de 4% da matriz pública de produção eléctrica revelou o secretário de Estado da Energia e Águas.

Segundo o governante, a conclusão destas infra-estruturas expressa a preocupação do Executivo pela preservação do ambiente, face a produção energética com recurso a combustíveis fósseis.

A implantação destas centrais permitirão a economia anual de 3 milhões de toneladas de combustíveis fósseis e a redução de emissões de dióxido de carbono na ordem de 9 milhões de toneladas, assinalou Arlindo Carlos, na sua intervenção.

De acordo com o secretário de Estado esta matriz de produção de electricidade inclui a primeira fase da central fotovoltaica de Caraculo, no Namibe, com cerca de 25 megawatts, num projecto que prevê atingir 50 megawatts de energia eléctrica.

Outras centrais estão em fase de instalação com um grau de execução satisfatório, sendo neste ano as centrais fotovoltaicas de Luena, com 26,9 megawatts e do Lucapa (Lunda-Norte) com 7,9 megawatts e duas no ano de 2025, designadamente no Cuito (Bié), com 14,9 megawatts e a do Bailundo (Huambo) com 7,6 megawatts.

"Constitui, também, nosso foco de atenção o desenvolvimento de hidrogénio verde", frisou.

Neste fórum Expansão já foram apresentados os temas, "A futura rede nacional de distribuição eléctrica", "A participação dos privados na matriz energética nacional" e "O potencial das energias renováveis", pelos respectivos prelectores, nomeadamente Diógenes Diogo, director nacional da energia eléctrica do MINEA, André Afonso, partner da consultora EY e Victor Fontes, presidente da Associação Angolana de Energias Renováveis.