Em entrevista à revista portuguesa Sábado, Paulo Catarro assumiu que vai trabalhar para a petrolífera angolana. "Sou consultor de comunicação da Sonangol", confirmou o antigo correspondente da RTP em Luanda, escusando-se, contudo, a mencionar como surgiu o convite ou a adiantar mais dados sobre as novas funções.

"Não tenho que falar disso. Deixei de ser jornalista da RTP no dia 28 de Fevereiro, dia em que entreguei a minha carteira profissional", disse o português.

Questionado sobre a crítica que muitos lhe apontam, de não ter sido um jornalista incómodo para o poder angolano, Paulo Catarro respondeu que "não há jornalistas incómodos", apenas "bons e maus", e incluiu-se a si próprio no grupo dos bons.

"Não discuto a forma como faço jornalismo. O meu trabalho foi escrutinado e é escrutinável no futuro. Gostava que as outras pessoas todas que escrevem aquilo que lhes dá na real gana também fossem escrutinadas dessa forma", sublinhou à Sábado o agora consultor da Sonangol.