Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, a mãe do 71º paciente positivo para a Covid-19 não está infectada mas falta apurar o estado de saúde do progenitor e de parte da sua família mais próxima.

Sabe-se, disse ainda a ministra Lutucuta, que a criança esteve em contacto com várias pessoas que habitam na proximidade da sua casa, incluindo pessoas que testaram positivo para a Covid-19.

Esta a ser feita uma investigação sanitária à família deste bebe e aos vizinhos.

Actualmente, Angola regista 71 casos positivos, 4 óbitos, 18 recuperados e 49 pessoas em tratamento, sendo o seu estado considerado estável.

Por esta altura, as equipas que estão no terreno fazem diariamente 400 testes quando, inicialmente, estes era apenas 91, garantindo Sílvia Lutucuta que os centros de quarentena estão a ser devidamente supervisionados por essas mesmas equipas, responsáveis pela vigilância epidemiológica.

Não uso da máscara leva à detenção

Já o porta-voz do Ministério do Interior, subcomissário Waldemar José, presente na conferência de imprensa sobre a COVID-19 desta terça-feira, apelou à população a evitar práticas que obriguem medidas coersivas por parte das forças de defesa e segurança.

A recusa do uso de máscara em locais públicos, a prática colectiva de exercícios físicos, a realização de cultos com mais de 150 fiéis, bem como a venda ambulante aos domingos e segunda-feira são entendidos como crime de desobediência, exemplificou o subcomissário.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.