Esta garantia da PN contraria o comunicado da FLEC divulgado hoje onde anuncia que tem consigo quatro elementos da Polícia Nacional feitos reféns durante uma operação militar realizada em Buco Zau, 120 quilómetros a Norte da capital da província.

No "comunicado de guerra" emitido pelos independentistas de Cabinda, assinado, segundo a Lusa, pelo "tenente-general' Alfonso Nzau, chefe da brigada de Maoimbe Sul das Forças Armadas Cabindesas (FAC), é dito que os quatros agentes da PN foram feitos reféns durante uma emboscada a uma patrulha mista composta por elementos das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional, na região de Buco Zau, em Cabinda, na madrugada da última segunda-feira.

A fonte autorizada da Polícia Nacional, sem fazer referência a quaisquer eventuais actividades da FLEC, garantiu ao Novo Jornal online que a Polícia Nacional não tem nenhum dos seus elementos como reféns dos independentistas.

No entanto, no documento divulgado pela FLEC, é afiançado que os alegados reféns "são prisioneiros de guerra" e vão ser tratados como tal, nomeadamente no que respeita à sua libertação, em cujo processo a FLEC quer ver envolvida a Cruz Vermelha Internacional como mediadora.

Desde 2016, quando retomou a luta armada, a FLEC-FAC já reivindicou dezenas de ataques mortais a militares das FAA.

O ministro do Interior de Angola afirmou em Outubro que a situação em Cabinda é estável, negando as informações das FAC, que só entre Agosto e Setembro tinham reivindicado a morte de mais de 50 militares angolanos em ataques naquele enclave.

"Em Cabinda, o clima de segurança é estável, é uma província normal, apesar de algumas especulações e notícias infundadas sobre pseudo-ações militares que se têm realizado", disse o ministro Ângelo da Veiga Tavares.

O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas também desmentiu em Agosto, em Luanda, a ocorrência dos sucessivos ataques reivindicados pela FLEC-FAC, com dezenas de mortos entre os soldados angolanos na província de Cabinda.

Geraldo Sachipengo Nunda disse então que a situação em Cabinda é de completa tranquilidade, negando qualquer acção da FLEC-FAC, afirmando que aqueles guerrilheiros "estão a sonhar".