O presidente de direcção, Horácio Mosquito, disse não terem condições para continuarem a suportar os salários acordados no início da época, referindo que o conjunto depende financeiramente de uma empresa petrolífera

"O país, como todos sabem, está a viver uma crise financeira real, resultante da queda do preço do petróleo e nós, infelizmente, fomos afectados. Não temos fonte de receitas alternativas, por isso a única solução é reduzir salários, prémios de jogos e outros bónus prometidos no início da época", informou.

Horácio Mosquito disse que os cortes vão ser bastante altos, sendo que em alguns casos poderão ser acima da metade do que até então era pago. Em relação aos prémios de jogos, estes serão retirados na totalidade.

Aos que não concordarem, sejam eles atletas, treinadores, equipa médica e funcionários administrativos, a direcção do clube, de acordo com o seu presidente, aceita rescisão de contratos.

"Temos que reajustar o nosso orçamento em função da realidade actual. Se assim não o fizermos corremos riscos de não continuar a competir no Girabola. As medidas que tomamos são normais, sólidas e sérias, e resultam de uma reflexão profunda que fizemos", manifestou.

O presidente de direcção do Recreativo da Caála lamentou o facto do Girabola não permitir que os clubes consigam ser auto-suficientes financeiramente, através da venda de bilhetes de ingresso, equipamentos desportivos e direitos de transmissão televisiva.

Angop/NJ