Depois do anúncio da República Democrática do Congo, o primeiro país a adquirir direitos de uso, em Julho deste ano, segundo a administradora-executiva da Infrasat, a empresa que gere as capacidades do satélite, Emília Dias, mais quatro países - Moçambique, Togo, Lesoto e a República do Congo - assumiram direitos de utilização.

Para eventual entrada neste grupo de clientes do Angosat - 1 estão em curso negociações com a Bélgica, disse ainda administradora-executiva da Infrasat, citada pela Ecofin, tendo adiantado ainda que a reserva das capacidades do satélite partiram, sobretudo, dos sectores de telecomunicações, media, defesa e segurança e na área das petrolíferas.

Entretanto, depois de estar confirmada a data de 07 de Dezembro para o Angosat-1 deixar o solo rumo a órbita a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a RSC Energia, uma das empresas que lidera o consórcio que criou o satélite angolano, divulgou o adiamento do lançamento para 26 do próximo mês.

No seu site, a RSC Energia, empresa que lidera a construção espacial russa e integra o grupo estatal Roscosmos, informa que o lançamento do satélite foi reescalonado para 26 de Dezembro, sem, no entanto, apontar quaisquer justificações.

É apenas dito que o trabalho preparatório do lançamento continua o seu curso, é sublinhado que a sua construção resulta de um contrato com o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação angolano, e que tem capacidade para servir integralmente todo o continente africano.

Os testes relacionados com o veículo de lançamento e as baterias foram, acrescenta a breve nota da RSC Energia, completados, tendo sido feitas pequenas reparações no sistema de fornecimento de combustível interno.

Recorde-se que o lançamento do Angosat-1, cujo projecto global já terá custado mais de 230 milhões de dólares, foi já adiado várias vezes - foi anunciado há mais de 10 anos - e terá um prazo para rentabilização em órbita de cerca de 15 anos, forcendo serviços nas áreas da internet, comunicações telefónicas e TV.