Actualmente, o recorde mundial em profundidade perfurada foi alcançado em 2016, tendo chegado aos 3400 metros, também com equipamento da Maersk Drilling, no Uruguai, e igualmente ao serviço da Total.

Mas, se tudo voltar a correr bem aos franceses da Total e aos holandeses da Maersk Drilling, esse recorde será batido ainda este ano no bloco 48 que a petrolífera explora no offshore angolano, estando previsto chegar aos 3,628 metros de profundidade.

O bloco 48 situa-se na Bacia do Baixo Congo, a cerca de 400 quilómetros a noroeste de Luanda e opera em águas ultra-ultra-profundas.

Segundo avança o site World Oil, os trabalhos começam ainda este mês e vão durar cerca de 240 dias, com um valor global de cerca de 46 milhões USD, incluindo ainda uma perfuração no offshore namibiano, onde a Total também está implantada.

A Total é uma das multinacionais do sector que mais está a apostar na extracção de crude em Angola, aproveitando as reformas estruturais encetadas pelo Governo de João Lourenço, nomeadamente no que diz respeito às taxas cobradas e, essencialmente, através da criação da Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis (ANPG).

Esta Agência foi criada em Janeiro do ano passado para ser o regulador da actividade e concessionária, papel que era até então desempenhado pela Sonangol, que passou a dedicar-se quase em exclusivo ao seu principal metier, que é a exploração de hidrocarbonetos.