Em cima da mesa está ainda uma segunda opção: "O activo continua na lista das participações africanas para venda, mas há também a opção de resolver as disputas antigas… numa estrutura onde o acordo accionista é respeitado pelas duas partes e em que depois poderemos consolidar os números da Unitel", referiu Bayard Gontijo na mesma entrevista.

Recorde-se que a Oi tinha anunciado no ano passado a intenção de vender os activos africanos que herdou da Portugal Telecom, prevendo que as operações estivessem terminadas até ao final de 2015.

Na verdade, quando a operadora brasileira ficou com os 25 por cento da Unitel, "recebeu" também um diferendo antigo entre a operadora de telecomunicações portuguesa e os restantes accionistas. Diferendo esse que impediu o pagamento de 246 milhões de euros em dividendos desde 2011. No cerne da polémica está o facto da PT ter vendido a participação na Unitel sem antes ter dado à empresa direito de preferência.

Segundo Bayard Gontinjo, este diferendo poderá ser ultrapassado e conduzir mesmo as empresas a uma parceria mais duradoura, até porque as relações com Isabel dos Santos, a principal accionista da Unitel, "estão a melhorar e a evoluir".