Em declarações à Angop no final de um seminário com o tema Músicas modernas de Angola: dos lamentos ao kuduro, Florent Mazzoleni explicou que a música angolana tem muita qualidade, mas que por falta de promoção e divulgação nos maiores centros e festivais não tem o reconhecimento devido.

Segundo o investigador, uma editora que trata de todos os componentes da publicação e posteriormente da sua distribuição e divulgação é necessária no país, para que os artistas tenham o reconhecimento, tendo como o exemplo o estilo kuduro, que atravessou fronteiras, por estar a ser divulgada, tanto em Angola como na Europa e América.

Falando sobre os aspectos que caracterizam os ritmos angolanos, adiantou que os estilos angolanos são uma fusão do rumba (Cuba), do samba (Brasil), de alguns estilos norte-americanos e do Congo Democrático, com o folclore característico de Angola fazem que seja um produto lindo de ouvir.

Angola tem excelentes artistas como o Bonga, Waldemar Bastos, que têm levado o nome do país em outras paragens, mas deve ser preciso mais para que os cantores angolanos sejam respeitados em todo mundo, explicou.

Por sua vez, o director da Alliance Françase, Alain Sarragosse, disse que a instituição vai continuar a trabalhar com as congéneres angolanas para a promoção da cultura nacional, dando palestras, seminários e promovendo concursos.

Adiantou que o artista angolano é talentoso por natureza, mas que tem faltado algum incentivo para mostrar as suas obras.

Exortou os jovens cantores a seguirem o exemplo de artistas consagrados e que têm dado o seu contributo para a cultura angolana.

Angop