De acordo com o IGP, mecanismo criado por um conjunto de instituições internacionais, desde logo a revista The Economist, que lançou o projecto em parceria com a Universidade de Sydney, Austrália, a Universidade de Londres e com a Universidade de Uppsala e o Instituto Internacional de Pesquisas pela Paz de Estocolmo, na Suécia, os conflitos sociais, desde a agitação social aos tumultos, cresceram entre 2011 e 2018 mais de 800 por cento, passando de apenas 32 para 292.

O IGP, (GPI, na sigla mais conhecida, em inglês), foi criado com o objectivo de analisar e estudar o nível global de esforços em prol da paz, tanto num patamar nacional como multilateral, relativo ao ano 2020, evidencia que foi na África subsaariana que registou o maior número de tumultos, seguindo-se a Europa, o Sul da Ásia e depois a América do Sul.

Na linha da frente dos países que mais contribuíram para este aumento substancial da conflitualidade social está a Nigéria, que só em 2018 registou perto de 80 episódios de conflito social, quando no ano anterior foram apenas seis, seguindo-se a África do Sul e a Etiópia. Angola não surge com destaque neste relatório.

Na síntese deste relatório pode-se perceber que o nível geral de paz global deteriorou-se, o que sucede pela 9ª vez em 12 anos.

Os países mais pacíficos do mundo são a Islândia, Nova Zelândia, Áustria, Portugal e a Dinamarca, sendo o mais violento o Afeganistão, seguido da Síria, Iraque, o Sudão do Sul e o Iémen.

Por detrás da deterioração global no índice de paz mundial, estão, entre outros factores, segundo esse documento, o aumento da actividade terrorista, o aumento do número de refugiados, a intensificação de conflitos no Médio Oriente ou ainda em África, ou tensão políticas na Europa e nos EUA.